Dos 37 indiciados pela Polícia Federal, ao menos 20 são integrantes das Forças Armadas, incluindo oficiais de alta patente, como coronéis e generais. Entre os indiciados está Jair Bolsonaro (PL), que também ocupa um posto de capitão da reserva do Exército.
O alto número de militares envolvidos reflete o aparelhamento do governo Bolsonaro, que promoveu uma estreita relação entre as Forças Armadas e a política, gerando uma situação em que militares ocuparam cargos-chave e tomaram atitudes que comprometem a estabilidade democrática. Os militares enfrentam acusações graves, como participação em tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa.
Dentre os nomes mais notáveis estão o coronel Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, autor de uma carta golpista, e Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, além de outros envolvidos em tentativas de impedir a posse do presidente Lula.
Caso sejam denunciados e condenados, os militares poderão perder suas patentes, como prevê a Constituição, que permite a declaração de indignidade ao oficialato para aqueles que forem condenados pela Justiça Comum a penas superiores a dois anos. A decisão final sobre a perda de patente caberá ao Superior Tribunal Militar após a conclusão do processo na Justiça Comum.
Fonte:Ninja